O ar seco continua sobre o interior do Brasil, com a URA podendo ficar em níveis emergenciais em algumas áreas de MT, GO e MG.
A atuação de uma massa de ar seco sobre o interior do país mantém o tempo firme e as temperaturas elevadas no decorrer desta semana. O cenário segue marcando presença e reforça o alerta para baixos índices de umidade relativa do ar (URA), especialmente durante as tardes, quando a temperatura sobe e o ar se torna ainda mais seco.
Nesta quarta-feira (06/08), o tempo segue aberto e com predomínio de sol em toda a Região Centro-Oeste, com calor ganhando força entre o período da tarde e início da noite. Ainda pela manhã, as temperaturas são mais amenas em áreas como o Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás, mas, com o avanço do dia, a combinação de sol forte e ar seco faz os níveis de umidade caírem para valores críticos, principalmente entre o sul de Goiás e o leste de Mato Grosso, onde há risco de URA inferior a 12% — o que configura uma situação de emergência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em outras diversas áreas de Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal, os valores de umidade devem permanecer em limiares de alerta, variando entre 12% e 20%, durante as horas mais quentes.
Esse padrão de ar muito seco também se estende a grande parte do estado de São Paulo — incluindo a Região Metropolitana da capital — e a áreas do estado de Minas Gerais. Em São Paulo (SP), a umidade pode ficar abaixo de 20% durante a tarde, e em Belo Horizonte (MG), os índices devem oscilar entre 21% e 30%, configurando um estado de atenção. Já no Triângulo Mineiro, há risco de que a URA também atinja valores críticos, abaixo de 12%, principalmente entre o meio da tarde e o início da noite.
De acordo com a escala da OMS, valores de URA entre 20% e 12% representam estado de alerta, enquanto índices abaixo de 12% configuram emergência — podendo trazer riscos à saúde, como ressecamento das mucosas, problemas respiratórios e aumento da incidência de queimadas.
Esse padrão de tempo seco deve persistir até pelo menos o final desta semana, mantendo os índices de umidade do ar em patamares críticos em grande parte do interior do país. A ausência de chuva, combinada com o sol forte e o aquecimento progressivo, tende a agravar os impactos à saúde, aumentar o risco de incêndios florestais e gerar dificuldades para a agricultura e abastecimento de água em algumas localidades.
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