A autonomia do Poder Legislativo em Lagoa Grande está sob questionamento, gerando preocupação sobre a efetiva fiscalização das ações do Executivo e a representação dos interesses da população. A independência entre os poderes é um pilar fundamental da democracia, assegurando que cada esfera atue de forma autônoma, sem interferências indevidas.
Essa situação, se persistir, pode minar a confiança pública nas instituições, levando os cidadãos a duvidar da eficácia da democracia local. É crucial que os poderes em Lagoa Grande atuem de forma independente, porém colaborativa, visando sempre o bem-estar da comunidade.
A indignação com o cenário político foi expressa por um vereador e presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal. Segundo ele, a atuação dos edis é “inaceitável e revoltante” diante da submissão do Legislativo ao Executivo municipal.
O vereador Fernando Angelim (MDB) relatou ter convocado uma audiência pública com os membros da comissão de orçamento para discutir o orçamento do município, buscando transparência total. A intenção era ouvir secretários, sindicatos, conselhos e o Ministério Público. Contudo, a iniciativa esbarrou em uma condição surpreendente: a realização da audiência dependeria da permissão da prefeita.
Essa dependência, na visão do vereador, transforma o Legislativo em uma “marionete”. Ele manifestou profunda preocupação com o fato de os vereadores, que deveriam ser a voz do povo, estarem agora “ajoelhados no tapete da prefeita”. Tal cenário é visto como um “tapa na cara do povo”, que espera que seus representantes defendam seus interesses.
Enquanto a autonomia do Legislativo é posta em xeque, categorias profissionais essenciais, como garis, motoristas, conselheiros tutelares e profissionais da saúde, aguardam que seus representantes defendam suas demandas. O vereador enfatizou que a população e esses profissionais votaram em seus representantes para que lutassem por seus interesses, não para que pedissem permissão para atuar.
Diante desse impasse, o vereador fez um “humilde apelo” à prefeita Catarina Garziera. Ele a convidou a “dar as mãos” e, juntos, ouvirem a população e os profissionais do município. Acredita-se que, ao valorizar a escuta ativa das necessidades locais, Lagoa Grande poderá alcançar um futuro significativamente melhor.
0 Comentários