Enquanto governos trocam responsabilidades e dados burocráticos, vidas continuam sendo perdidas diariamente no labirinto desumano da regulação médica da rede PEBA — sistema que integra serviços de saúde entre Pernambuco e Bahia. A promessa era de integração e eficiência. O que vemos na prática é um colapso silencioso, cruel e revoltante.
Um dos rostos por trás dessa tragédia é o do agricultor sr. Edmilson Amorim Gomes, de 72 anos, morador do interior de Lagoa Grande(PE) que estar a mais de oito dias, entubado com vários problemas de saúde em estado grave em uma Sala Vermelha da Unidade de Pronto Atendimento(UPA) de Petrolina, à espera de uma vaga para internação em unidade de maior complexidade, o que até o momento, não se tem nenhuma resposta, nenhuma vaga, nenhuma solução.
Essa demora custa caro — custa vidas e o agricultor Edmilson é apenas mais um entre tantos pacientes anônimos que agonizam em corredores, salas improvisadas ou ambulâncias, enquanto esperam por um leito que muitas vezes chega tarde demais ou nem chega.
O sistema PEBA, que deveria ser modelo de cooperação interestadual, se tornou um símbolo do abandono e da negligência institucional. Falta transparência, falta prioridade, falta humanidade.
Médicos e profissionais de saúde se desdobram no atendimento, mas estão de mãos atadas diante de um sistema travado, lento e ineficaz.
Quantos Edmilsons ainda precisarão sofrer ou morrer para que essa situação seja tratada com a urgência que merece? Até quando a população do interior vai ser tratada como invisível?
É hora de dar nome aos problemas e cobrar soluções reais. A vida dos nordestinos entre Pernambuco e Bahia vale tanto quanto a de qualquer outro cidadão. Basta de descaso, as autoridades políticas precisam urgente tomar medidas para que essa situação venha a se resolver porque a saúde não pode esperar.
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