Um documento simbólico, com 1,6 milhão de assinaturas, também foi enviado a um grupo de parlamentares pedindo a saída do atual presidente do Senado
Ativistas anticorrupção antes de entregarem um abaixo-assinado com 1,6 milhão de assinaturas pedindo o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado (Givaldo Barbosa / Agência O Globo) |
O retorno de Renan Calheiros (PMDB-AL)
à presidência do Senado ainda mobiliza grupos críticos ao alagoano que
precisou renunciar ao mesmo cargo cinco anos atrás em meio a um
escândalo de corrupção. Nesta quarta-feira, manifestantes entregaram uma
carta ao Supremo Tribunal Federal (STF)
contestando a posse do senador. O grupo é o mesmo que promoveu um
abaixo-assinado, com cerca de 1,6 milhão de assinaturas, no qual pedem o
impeachment de Renan.
O documento enviado ao ministro Joaquim Barbosa por representantes de
movimentos anticorrupção - também assinada pelo deputado Chico Alencar
(PSOL) e pelos senadores Pedro Simon (PMDB), Cristovam Buarque (PDT),
Randolfe Rodrigues (PSOL), João Capiberibe (PSB) e Pedro Taques (PDT) -
pede celeridade no julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria
Geral da República contra o senador, acusado de ter apresentado notas fiscais frias para justificar seu patrimônio.
"Fundamentamos nosso pedido na espontânea manifestação expressa por
cerca de 500.000 signatários da petição por nós iniciada na internet, ao
mesmo tempo em que interpretamos os quase 1,6 milhão de brasileiros
(mais de 1% dos eleitores do país) signatários de petição, iniciada pelo
Sr. Emiliano Magalhães Netto, versando sobre o mesmo sentimento de
indignação social contra a inadmissível eleição daquele senador”, diz a
carta. "Desejamos assinalar que a nossa solicitação a essa Corte reflete
a apreensão e a repulsa da população com a constatação de que a demora
no julgamento configura efetiva absolvição do acusado, que continuará
exercendo um dos mais importantes cargos da República, sem a
manifestação da Justiça a respeito das graves acusações da PGR e das
dúvidas da sociedade sobre a integridade moral do acusado e de seu
compromisso com a causa pública”, complementa o texto.
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