A Justiça argentina autorizou o casamento de uma jovem com um homem
sentenciado a 13 anos de prisão pela participação no assassinato de sua
irmã gêmea em 2010.
A juíza Gabriela Zapata, cidade de Pico Truncado (a 1.572
quilômetros de Buenos Aires), autorizou o enlace civil após realizar
estudos psicológicos em Edith Casas, de 22 anos, noiva de Víctor
Cingolani, que cumpre pena por seu envolvimento na morte de Johana
Casas.
A mesma juíza havia suspendido o casamento no mês passado após uma
apresentação judicial dos pais da jovem, que se opõem ao casamento.
'Ninguém
pode me impedir', disse Edith Casas , noiva do assassino da irmã, ao
jornal 'Clarin' em dezembro de 2012 (Foto: Reprodução)
Fontes judiciais citadas pela imprensa local indicam que os estudos
realizados em Edith determinaram que a moça "não apresenta disfunção
psicológica ou mental que lhe impeça de contrair matrimônio".
"Acho que já não posso fazer nada", disse nesta quarta-feira (23) a
mãe da moça, Marcelina Orellana, em entrevista à agência oficial
"Télam".
Ao solicitar em dezembro à Justiça que impedisse o casamento, a mãe
de Edith tinha assegurado que sua filha não se encontrava "no pleno uso
de suas faculdades", que estava "privada de sua razão e pondo em risco
sua integridade física e psíquica".
Durante o julgamento que
se seguiu pelo assassinato de sua irmã gêmea, Edith acusou seu futuro
marido de tê-la violentado em reiteradas oportunidades, mas depois disse
à imprensa local que fez isso "por pressões de sua família".
Cingolani foi considerado partícipe no homicídio da modelo Johana
Casas, de 20 anos, assassinada com dois tiros em 2010, e condenado a 13
anos de prisão em junho do ano passado.
O homem, que cumpre sua pena em uma prisão de Pico Truncado,
garante ser inocente na morte da jovem, que também foi sua namorada.
Marcelina Orellana disse a "Télam" que há dois meses não fala com
sua filha, que, apontou, "foi embora de casa e vive com a família do
assassino de sua irmã".
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