A falta de água, um recurso essencial para a vida, tornou-se uma rotina de sofrimento para os moradores de Lagoa Grande e Izacolândia, em Pernambuco. A Compesa, responsável pelo abastecimento na região, tem sido alvo de crescentes críticas por sua ineficiência, deixando a população à mercê de interrupções constantes no fornecimento. A situação se agrava pelo fato de que, apesar da falta de serviço, os moradores seguem pagando suas contas em dia, cumprindo com suas obrigações enquanto a empresa falha com a dela.

O problema, no entanto, não se restringe apenas à companhia de saneamento. A ausência de ações concretas por parte dos políticos locais, tanto a nível municipal quanto estadual, é um fator que contribui para a perpetuação do cenário. A população, que elege seus representantes na esperança de ter seus problemas resolvidos, se sente abandonada. A inércia do poder público diante de uma questão tão básica e recorrente demonstra um profundo desrespeito com a comunidade, que se vê obrigada a conviver com a incerteza de ter água nas torneiras.

A indignação dos moradores ecoa em uma pergunta: o que fazer diante de tal descaso? A resposta, embora complexa, passa pela união e pela cobrança constante. É preciso que a população se organize para exigir não apenas a regularização do abastecimento, mas também a responsabilização dos gestores públicos. A garantia de serviços essenciais, como o acesso à água potável, é um direito fundamental, e o silêncio e a omissão de quem deveria zelar por ele não podem ser aceitos.