Em um discurso que oscilou entre a emoção pessoal e o chamado à reflexão social, o vereador Ademar Nonato tomou posse em Lagoa Grande, Pernambuco. A solenidade foi marcada por uma fala que destacou a importância da família, da educação e da união em prol do município.
O vereador iniciou sua fala homenageando seus familiares, citando nominalmente sua mãe, Dona Júlia, seu pai, irmãos e filhos, além de saudar aqueles que não puderam estar presentes. Ao revisitar sua trajetória, Ademar Nonato compartilhou a história de sua família, que migrou do interior do Piauí para Petrolina em busca de conhecimento. Utilizando uma linguagem metafórica, ele enfatizou a necessidade de “tirar a venda dos olhos, a cerqueira da ignorância” para alcançar o progresso, creditando o sucesso de sua família ao conhecimento adquirido.
Um dos pontos centrais do discurso foi a defesa da educação como principal ferramenta de ascensão social, especialmente para as classes menos favorecidas. “O pobre só tem uma saída: é estudar, porque o rico não tem pena de pobre; o rico usa e abusa do pobre. Então nós temos que buscar educação, é preciso crescer para não ser escravo de ninguém”, exclamou o vereador, direcionando um apelo aos pais e filhos presentes para que busquem a libertação através do conhecimento.
Ademar Nonato também abordou a importância da verdade em contraposição às “coisas fantasiosas” que, segundo ele, iludem a sociedade. “Nós temos que nos agarrar à verdade, não às fantasias, porque as fantasias passam, a verdade fica, porque o bem e o mal passam, o bem não é para sempre e nenhum mal é para sempre, tudo passa nessa vida”, refletiu. Em um tom mais espiritualizado, o vereador diferenciou a “visão de quem é ungido”, que ele associa a Deus, da visão de Satanás, afirmando que apenas a primeira prosperará.
Ao final de seu discurso, Ademar Nonato dirigiu-se à prefeita Catharina, desejando-lhe sucesso à frente do executivo municipal. Ele ressaltou a união da Câmara Municipal, destacando a votação unânime dos 11 vereadores em prol de um propósito comum. “A Câmara foi unânime, onde os 11 vereadores votaram no mesmo propósito, onde os vereadores não tiveram nenhuma discussão, nem essa famigerada sede pelo poder, esse poder efêmero... O poder não tem dono, o poder é passageiro, a prova está aqui, essa mesa hoje, constituída justamente na unidade por Lagoa Grande. E se qualquer um deslizar, nós vamos puxar na orelha, seja quem for”, concluiu o vereador, enfatizando o compromisso da Câmara com o município e a fiscalização do poder executivo.
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