Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho é sondado para trocar o PSB pelo PT de olho numa disputa pelo governo estadual em 2014

Em 2011, FBC trocou domicílio eleitoral de Petrolina para o Recife para pressionar o PT Marcelo Soares/JC

A possibilidade do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), cair nos braços do Partido dos Trabalhadores (PT) foi recebida com incredulidade, ontem, no Palácio do Campo das Princesas. Não que uma eventual saída do ministro venha a ser tratada como um “grande drama” nas hostes socialistas, mas a orientação do comandante, o governador Eduardo Campos, é aplicar ao pé da letra a máxima de “não dar intimidade a problema”.

O recado aos colaboradores é de que, em público, não se deve render o assunto e tratar sem alardes uma possível saída. Pessoas próximas ao governador afirmam que, ao ler a notícia, ele não esboçou grandes reações. Apenas teria atirado o jornal sobre a mesa e resmungado: “Isso é conversa fiada!

Alguns liderados chegam a afirmar que o episódio é mais um capítulo da estratégia petista de expor traços de uma alegada falta de unidade no PSB, na tentativa de fragilizar as pretensões nacionais do governador.

Não é novidade que o ministro almeja ser governador de Pernambuco e, no momento, as peças não apontam que será ele o rei desse xadrez. Eduardo Campos, embora com dificuldades para escolher seu sucessor, não tem dado muita atenção ao aliado.

Antes de ser ministro, ele foi rifado da corrida pelas duas vagas na disputa pelo Senado Federal em 2010, vencida pelos posteriormente eleitos Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT).