O PMDB já mandou um recado ao Palácio do Planalto: em 2013, o partido
quer receber um tratamento diferenciado da presidente Dilma Rousseff.
“Agora, é olho por olho. A partir de agora, vamos entrar no processo
eleitoral. O jogo de 2014 começou. O PMDB não pode ser tratado como
aconteceu nos dois primeiros anos”, alertou ao Blog um influente
peemedebista com trânsito livre no Palácio do Jaburu.
A cúpula do partido não esconde a contrariedade com o espaço
secundário que tem recebido no governo Dilma, até o momento. Já é
consenso no partido que num momento de dificuldade da economia, a
presidente precisará de uma base confiável no Congresso. “O PMDB tem
sido fiel. O vice-presidente Michel Temer tem segurado o partido sem ter
nada o que oferecer. Isso tem limite”, acrescentou esse peemedebista.
O partido também não esconde o desconforto com os sinais de
aproximação de Dilma com o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Há
desconfiança de que para garantir o apoio do socialista, Dilma acabe
substituindo Temer por Campos na chapa de 2014.
O limite do PMDB está chegando ao fim. Integrantes do partido avisam
que o prazo vai acabar com as eleições para os novos presidentes da
Câmara e do Senado. A aposta é que a legenda sairá fortalecida com o
eventual sucesso de Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros na disputa
pelos comandos das duas Casas. E que a relação com o Planalto terá que
mudar. Resta saber, quem terá coragem de falar isso pessoalmente para a
presidente Dilma.
0 Comentários